quinta-feira, 5 de julho de 2012

A charada da meditação

Nas primeiras vezes que tentei sentar para meditar as dores fisicas tomaram conta dos meus pensamentos! Hoje, e com o corpo um pouco mais forte, posso vivenciar a experiência de uma outra forma. Sinto como se fizesse uma viagem pelos meus pensamentos, pelas minhas emoções, pelos meus sentimentos. Não consigo ficar pela observação...tendo a questionar cada uma das coisas! Especialmente as que me trazem conflito, confusão e aflição. As que me roubam a paz, a tranquilidade. Dou por mim numa espécie de diálogo comigo mesma!
Loucura?
Bem...é nestas alturas que sinto necessidade de esclarecimento, de conhecimento...
O que se pretende com a meditação?
Será que aniquilar estes pensamentos, estes sentimentos elimina meus desejos, meus sofrimentos?
Mas como os posso evitar? Concentrado-me na respiração, concentrando-me num qualquer barulho?
Não dá! O que estou a fazer de errado? Pergunto!
E é aí que surge a necessidade de conhecer, de saber! Ótimo que existe internet, que existem espaços como o yoga.pro.br, que existem outros "loucos" que buscam respostas!
Coloquei no google "meditação por Pedro Kupfer" e logo me apareceu uma série de artigos!
Pois bem, vou partilhar convosco, que me estão a ler,  algumas frases esclarecedoras:

  • "os pensamentos, por si sós, não produzem sofrimento. A pessoa que acha que deve parar de pensar para parar de sofrer, acredita que pensar é sofrer. No entanto, a origem real do sofrimento é a crença de que somos o pensamento, ou de que ser é pensar." 
  • "Porém, até mesmo na hipótese de que o sofrimento fosse causado pelo pensar, a solução não estaria em parar de pensar. Parar de pensar indefinidamente, no melhor dos casos, irá me tornar uma espécie de vegetal, incapaz de me comunicar, sentir emoções ou crescer interiormente."
  • "Poderia eu dizer, nesse caso, que estou tendo uma vida plena? Pensamentos equivocados, como achar que somos insignificantes ou indignos de felicidade não se resolvem parando de pensar, mas corrigindo esses pensamentos e substituindo-os por outros que sejam corretos. Será mesmo que eu sou indigno de ter felicidade? Esse tipo de questionamento, com sua resposta adequada, é o de fato que resolve o sofrimento."
  • "Na prática, o ideal é chegar a bons termos com a nossa própria mente. Isso significa fazer, eventualmente, um acordo de paz com ela."
  • "quando sentamos para meditar, damos à nossa mente a liberdade para que ela seja como é, mas nos damos o direito de nos concentrar no tema que escolhemos para aquela meditação."
  • "a solução para esta charada não está em tentar manter a mente vazia, mas em perceber o Eu invariável que somos, presente em todos os momentos, antes, durante e depois de cada pensamento. Quando compreendemos que os pensamentos não escondem o Eu, mas que ele permeia todos os conteúdos, o conflito nascido da ideia de deixar a mente em branco, simplesmente desaparece."
E é este o resultado do meu sádhana de hoje...


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