imagem retirada da internet
Há
uma altura que a mente precisa ver e entender carências, necessidades e o ser
vulnerável em todos nós.
Entretida,
envolvida e absorvida pelos mais entusiastas e prazerosos jogos da vida, nega
possibilidades, questionamento, reflexão, esclarecimentos, não ponderando
sequer sua ignorância, sua limitação. E de desejo em desejo, dor em dor,
sofrimento em sofrimento, euforia em euforia, prazer em prazer, alegria em
alegria, tristeza em tristeza, satisfação em satisfação, ora contente, ora
descontente, vai girando com o corpo atrelado numa roda sem fim, por essa
existência afora.
Haverá
um tempo em que ela se diga “basta”!
Haverá
um tempo em que ela se queira ver livre não de si mesma mas apesar de si mesma!
Haverá
um tempo em que se questionará como, onde?
Haverá
um tempo que compreendendo a complexidade do assunto se entregará ao desejo por
conhecimento e ao genuíno interesse de se ver e de ver além de si mesma.
E
quando consciente de si, da sua natureza e papel, estará apta a cuidar,
acolher, compreender e processar emoções, estará apta a seguir o dharma
decidindo não o que apetece mas o que é o correto em determinado momento,
estará apta a receber, estará apta a confiar e se entregar à possibilidade de
vislumbrar a grandiosidade de toda a existência, o amor, a compaixão sem
limites, sem espaço ou tempo. O vislumbre do ser livre, pleno, inteiro, sempre.