imagem retirada da internet
O
desejo da mente em se aprimorar, em conhecer é infinito.
Por
si mesma e em si mesma viverá presa em infinitas formas que lhe tragam mais um
tanto de senso de perfeição, felicidade, realização…
Ainda
que obstinada, focada e determinada jamais encontrará em si o que tanto busca…
Sempre
carecendo se exaustará… e talvez seja esse o momento mais alto, mais relevante
da sua existência…
Quando
cria espaço para se questionar… quando cria espaço para se colocar em dúvida…
quando cria espaço para sentar e ver a sua teia, quando cria espaço para
assistir às variadíssimas cenas cinematográficas, quando cria espaço para
entender que a sua busca é infinita porque a essência de todas as coisas é
igualmente infinita, não separada…
Nenhum
objecto, nenhuma situação, nenhuma circunstância pode trazer plenitude,
realização, libertação, felicidade, amor… a natureza dessas palavras é
infinita, sempre presente, imutável… coisas e situações estão em permanente
movimento, transformação, mutação, sujeitas a uma inteligência bem maior do que
a minha mente possa ser capaz…
É em
vão querer conquistar o mundo, pessoas, ideias…
É em
vão querer todas as coisas em suas mãos…
Efectivamente
nada nos pertence…
Corpo,
mente, pessoas, situações, circunstâncias, experiências são meros empréstimos que
trabalham em prol de um todo…
Tolice
ver-se melhor, maior, menor ou pior…
Tolice
não apreciar o céu, o sol, o mar, os pássaros a cantar…
Tolice
temer, não apreciar a tempestade e a bonança em mim…
Tolice
crer e descrer sem saber o que fazer…
O
que sou já É…
Perfeito
dentro do imperfeito…
Livre
dentro do condicionado…
Pleno
dentro do limitado…
Infinito
dentro do finito…
Compassivo
e amoroso dentro do sofrimento...
Tudo dentro do nada…
Nada dentro do tudo…
Infinitas são as
possibilidades…
Que se abra corpo e
mente…
Mãos e coração…
Doou-me…
À corrente das águas
da vida…
À mescla de cores
dotadas de arte…
Ao som, ao ritmo desta
infinita dança…
Om
Sónia.