Um dia, ao iniciar curso intensivo de yoga, o meu professor
sugeriu que determinássemos, estabelecêssemos um compromisso para aquele período.
Lembro até hoje ter escrito, “não desistir da jornada”. A minha capacidade de resistência
à dificuldade, ao desafio, era pobre. Hoje, e olhando para trás, consigo
perceber a tamanha importância que isso teve no meu percurso. Frustração, dor, dificuldade,
desânimo, sentimento de incapacidade, de inferioridade, cansaço, pensamentos de
ego ferido, estão à espreita para assanhar a vontade de desistir e voltar à mesmice
de outrora. Naquela altura valeu o compromisso, os ensinamentos sábios. A
palavra compreensão ganhou outra dimensão. Percebera que só ela me poderia
ajudar na hora do sufoco, confusão, desespero e sofrimento. Tudo começou a fazer
sentido. Dor, medo e frustração deixavam de ser meras palavras para definir um
estado físico, mental e emocional. Elas ganhavam forma na hora de perceber o porquê
de tais sentimentos! E isso…isso trouxe o despertar, o renascer! Começava a
sentir que a escrava da panóplia de sentimentos e pensamentos, soltava as suas
correntes!
Hoje, praticando e ensinando, percebo como essa palavra, “compromisso”,
continua a ser tão importante e como ela também ganhou outra forma! Hoje, “não
desistir da jornada” significa permanecer atenta e consciente a cada passo,
gesto, atitude, motivação, desejo, pensamento, sentimento. Significa olhar sem
medo e com toda a verdade para o conteúdo de cada uma dessas coisas. Analisar,
avaliar, discernir, escolher, decidir para onde vou, como vou!
Hoje “não desistir da jornada” significa fidelidade! Fidelidade no querer aprimorar conhecendo a verdade, aceitando a realidade!
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