imagem retirada da internet
Decidir
expor-se através das mais diversas formas implica sujeição à crítica…
Mas
afinal o que é a crítica? Porque tantas vezes a tememos?
Crítica
não é mais do que um julgamento à luz de um conjunto de valores estabelecidos
na mente. Por essa razão as observamos tão diversas, tão variáveis de pessoa
para pessoa. Julgar a crítica de positiva ou negativa, construtiva ou
destrutiva é exactamente o mesmo mecanismo. Um facto que está a ser avaliado à
luz do que considero e valorizo. Não há nada de errado e esse é o mecanismo
natural da mente. Por essa razão nos apetrechamos de meios que contribuam para
a sua qualificação, purificação, criando um estado favorável não só para ser
ver, acolher, como para entender que não é a “rainha da cocada preta”. A crítica
só é dramática quando existe a forte convicção e visão de que ela é susceptível
de acrescer ou diminuir algo ao meu Ser. Estaremos presos a uma busca
desesperada e sem sentido por um corpo, mente, emoções perfeitos, aceites à luz
da superficialidade de um mero pacote, de mera imagem.
Então
como se relacionar com ela? Entendendo o que se encontra atrás de um
julgamento. Existem sentimentos e necessidades em todos nós. É isso que nos
move e dinamiza. Então, podemos estar perante uma pessoa que se sente
preocupada, porque tem uma necessidade de contribuição, e vestir o papel de crítica,
opinando que poderia ou deveria ser assim. Podemos estar perante uma pessoa que
se sente revoltada, porque tem uma necessidade por justiça, verdade, e vestir o
papel do crítico sarcástico. Podemos estar perante uma pessoa que se sente
amargurada porque tem uma necessidade por amor e vestir o papel do crítico simpático.
Podemos estar perante uma pessoa que sente inveja porque tem uma necessidade
por produção, criação e vestir o papel do crítico desaforado. E por aí vai... numa infinidade de
possibilidades. Colocar a responsabilidade, o valor, reconhecimento do quer que
seja numa avaliação externa é a sua "sentença de morte". Não é por acaso que se
diz “não se pode agradar a gregos e a troianos”.
Então
como eu posso receber uma crítica?
Receber com clareza, discernimento, objectividade e humildade. Perceber o fundamento e
se contribui ou não efectivamente na minha vida. Para tal olhar, preciso
executar o mesmo processo que desconstrói o meu julgamento, colocando-me perante
o que é básico e fundamental. Assim poderei escolher e decidir com liberdade e
maturidade.
Om
Sónia.
Om
Sónia.
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