imagem retirada da internet
Por
vezes ouço dizer “ Eu não acredito em mestres! Eu sou meu mestre” e penso como
está equivocado todo um processo que é natural, fundamental, essencial da
existência e busca humana por entendimento da sua realidade livre, plena e
feliz.
Se
refletirmos um pouco, com uma mente que discerne a influência de crenças,
valores, medos nos seus posicionamentos, veremos como é lógica e fundamental
essa relação e como sem ela é impossível obter o autoconhecimento. Não falo do
conhecimento de emoções, pensamentos, individualidade, identidade, humanidade.
Falo do conhecimento do que não é humano mas que está na base da sua realidade
e que para ser transmitido precisa necessariamente de um meio, processo, papel,
relação.
Desde
cedo ela se manifesta para nós… primeiro pela mão de pai e mãe, depois pelos
professores da escola, amigos, familiares, filósofos, pensadores e
por aí vai…
Algo
nos move nessa direção permitindo a nossa sobrevivência, existência… como se
fosse algo intrínseco na criação, fruto de uma supra e sofisticada inteligência
que a própria mente jamais alcançará.
Talvez
o conceito de mestre esteja enrolado em tanta aberração que se escuta, vive,
observa, crê a pontos de perder o fio à meada de nós mesmos. Talvez o nosso
autocentramento nos roube a possibilidade de sentir, compreender a sua
sacralidade ou até mesmo os nossos medos, feridas e traumas mais profundos.
De
facto quando o coração reconhece o mestre nas palavras, silêncio, posição,
movimento, um imenso brilho acontece iluminando cada recanto da mente, corpo,
emoções… Alimentar, nutrir vícios, tendências, mentiras torna-se insustentável
e naturalmente aparece uma outra visão, que apesar de sempre presente, não era
alcançada.
Que
se abra o coração para receber as bênçãos dos mestres. Possam eles nos
emprestar suas mentes lúcidas para auxiliar a nossa caminhada pela floresta
escura, em busca da fonte do mais valioso e nutritivo alimento, que é o amor.
Possamos
nós através dos seus olhos reconhecer com verdade e realidade quem somos.
Possamos nós contar e compor a nossa história, acolhendo as nossas dores e
fantasias, ora rindo, ora chorando.
Harih
Om
Sónia A.
Sem comentários:
Enviar um comentário