imagem retirada da internet
O
mundo externo vai emprestar os cenários que mais precisamos para sair de um
ciclo vicioso de dependência ou para permanecer nele, alimentando-o incessantemente.
É muito ténue a linha entre uma coisa e outra o que requer entendimento dos
mecanismos da mente e um olhar profundo sobre si mesmo. O mundo externo sempre
vai aliciar, estimular as tendências, padrões, vícios que carregamos e
portanto, com toda a lógica, não responderá aos anseios mais profundos do ser
humano por libertação e reconhecimento de paz, felicidade, satisfação. Tudo é temporário,
impermanente e a casa, essa, encontra-se nos recônditos do coração, numa morada
autoevidente que a mente pode efetivamente reconhecer no silêncio e em
silêncio. As palavras mera expressão limitada, condicionada que apenas apontam
e conduzem um olhar.
Somos
como crianças que jogam e brincam entre si, estimulando o natural desejo de
querer reconhecimento, admiração, sucesso, amor. Como se estivéssemos numa roda
onde um e outro vai tocando o que mais se quer ver, escutar, saborear. Numa
roda de interesses mútuos e oportunidades desejáveis. É tão atraente e sedutor
que procurarei com maior facilidade carregar o botão que aparentemente convém, do
que aquele que efectivamente necessito, preciso. É mais confortável ser afagado
e soprar a ferida do que olhá-la e fazer por curá-la.
Tem
uma hora que a mente precisa ser como aquela mãe no ninho que empurra o
passarinho para voar…
Ele
vai querer ser alimentado de várias formas e feitios no ninho construído para
sobreviver, desejando outras mães ao seu redor, mas um dia a mãe vai contar-lhe
que é importante sair dele e voar para crescer e aprender a viver… vai
contar-lhe que é para isso que servem as suas asas…para dar-se oportunidade de
conhecer o céu, as árvores, a tempestade, a bonança…
E
essa, talvez seja a maior e mais bela declaração de amor…
HarihOm
Sónia A.
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