domingo, 6 de abril de 2014

Os escravos do amor...

Caminhando por estes trilhos, abraçando um olhar despido sobre mim, percebo o quanto somos reféns de um amor criado em fantasias, ideais e expectativas. Tão cruel e caprichoso que apenas se vê em si e por si, alimentando-se ferozmente de pessoas, coisas, situações e circunstâncias. Um amor que depende, um amor que aprisiona, um amor limitado em si, expressado nas mais hilariantes juras de amor, nos maiores malabarismos, com o propósito de possuir, deter, reter algo que se encontra precisamente no oposto… na liberdade, na independência, na emancipação... de pessoas, coisas, situações e circunstâncias. É na dor, sofrimento, desilusão que nos vamos libertando de tantos equívocos que fazem do coração um escravo do amor…
Somente abrindo mão de tal escravidão poderei amar verdadeiramente.
Somente amando verdadeiramente poderei sentir-me inteiro e pleno.
Om
Sónia





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