Caminhando por estes trilhos,
abraçando um olhar despido sobre mim, percebo o quanto somos reféns de um amor
criado em fantasias, ideais e expectativas. Tão cruel e caprichoso que apenas se
vê em si e por si, alimentando-se ferozmente de pessoas, coisas, situações e
circunstâncias. Um amor que depende, um amor que aprisiona, um amor limitado em
si, expressado nas mais hilariantes juras de amor, nos maiores malabarismos, com
o propósito de possuir, deter, reter algo que se encontra precisamente no
oposto… na liberdade, na independência, na emancipação... de pessoas, coisas, situações e circunstâncias. É na dor, sofrimento, desilusão que nos vamos libertando de tantos equívocos que fazem do coração um escravo do amor…
Somente abrindo mão de tal escravidão
poderei amar verdadeiramente.
Somente amando verdadeiramente
poderei sentir-me inteiro e pleno.
Om
Sónia
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