Imagem retirada da internet
Quando olho tudo ao meu redor observo uma infinidade de
objectos a serem conhecidos, uma infinidade de possibilidades, conhecimentos,
experiências, sensações… um mundo infindável para se explorar, reconhecer,
compreender, entender…
Essa é a beleza de ser um humano com características pensantes,
cognitivas, emotivas que o levam a percepcionar-se e ao meio que o envolve.
Se este facto é digno de grandes criações também é o responsável de lamentáveis
destruições e da desunião.
A inabilidade de reconhecer quem sou além de tudo aquilo que
faz de mim um humano, dá forma às desesperadas tentativas de ser alguém, às desesperadas
tentativas de arranjar um sentido para a vida, um lugar e papel no mundo. Com imensa
facilidade e subtileza nos emaranhamos em buscas insaciáveis, em objectivos,
metas atingir, sonhos a concretizar, mundos ocultos a descobrir e por aí vai…
em direcção ao infinito…
É certo que nada de errado existe com tal constatação… faz
parte de uma ordem, inteligência muito além da nossa capacidade intelectual, que
pode ser vislumbrada por reconhecimento e compreensão. Em todo o caso é
importante entender como todas essas coisas têm o poder de me desintegrar ao
invés de integrar, como essas coisas têm o poder de me afastar de pessoas ao
invés de unir. E quando falo em afastar não falo em ficar longe mas sim em
permitir envolvimento com o pensamento de que o outro é diferente de mim, que o
outro contamina o meu espaço de paz, boa energia, etc. Escolher com quem
conviver e se relacionar é natural e até o caõ, o gato o fazem. O ser humano é
dotado de livre arbítrio. Agora fantasiar o outro de alguém mais ou menos
especial, mais ou menos importante, bom, mau é mera projecção mental. E é precisamente
aí que reside o condicionamento, a limitação.
Então, efectivamente, torna-se necessário compreender quem
sou, compreender o problema fundamental para que livre e de coração aberto
possa abraçar o mundo com tudo aquilo que o compõe, para que possa sonhar,
experimentar, conhecer, explorar com plena consciência, presença e ainda que
ora rindo, ora chorando, ora triste, ora alegre, com uma paz inabalável.
Deitarei por terra as armaduras de ferro… não mais precisarei
de armas, duelos, batalhas nem tão pouco de castelos ou muralhas…
Om
Sónia.
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