sábado, 7 de fevereiro de 2015

Reflexão # 33 - "Mundo" tende para infinito...

Imagem retirada da internet 

Quando olho tudo ao meu redor observo uma infinidade de objectos a serem conhecidos, uma infinidade de possibilidades, conhecimentos, experiências, sensações… um mundo infindável para se explorar, reconhecer, compreender, entender…
Essa é a beleza de ser um humano com características pensantes, cognitivas, emotivas que o levam a percepcionar-se e ao meio que o envolve.
Se este facto é digno de grandes criações também é o responsável de lamentáveis destruições e da desunião.
A inabilidade de reconhecer quem sou além de tudo aquilo que faz de mim um humano, dá forma às desesperadas tentativas de ser alguém, às desesperadas tentativas de arranjar um sentido para a vida, um lugar e papel no mundo. Com imensa facilidade e subtileza nos emaranhamos em buscas insaciáveis, em objectivos, metas atingir, sonhos a concretizar, mundos ocultos a descobrir e por aí vai… em direcção ao infinito…
É certo que nada de errado existe com tal constatação… faz parte de uma ordem, inteligência muito além da nossa capacidade intelectual, que pode ser vislumbrada por reconhecimento e compreensão. Em todo o caso é importante entender como todas essas coisas têm o poder de me desintegrar ao invés de integrar, como essas coisas têm o poder de me afastar de pessoas ao invés de unir. E quando falo em afastar não falo em ficar longe mas sim em permitir envolvimento com o pensamento de que o outro é diferente de mim, que o outro contamina o meu espaço de paz, boa energia, etc. Escolher com quem conviver e se relacionar é natural e até o caõ, o gato o fazem. O ser humano é dotado de livre arbítrio. Agora fantasiar o outro de alguém mais ou menos especial, mais ou menos importante, bom, mau é mera projecção mental. E é precisamente aí que reside o condicionamento, a limitação.
Então, efectivamente, torna-se necessário compreender quem sou, compreender o problema fundamental para que livre e de coração aberto possa abraçar o mundo com tudo aquilo que o compõe, para que possa sonhar, experimentar, conhecer, explorar com plena consciência, presença e ainda que ora rindo, ora chorando, ora triste, ora alegre, com uma paz inabalável.
Deitarei por terra as armaduras de ferro… não mais precisarei de armas, duelos, batalhas nem tão pouco de castelos ou muralhas… 
Om
Sónia.

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