segunda-feira, 2 de maio de 2016

Reflexão # 56 - Crianças e as Flores...

imagem retirada da internet 

Mamã porque as árvores se chamam árvores, as flores se chamam flores, o céu se chama céu?
Mamã o que é sofrer? Ah… é como uma bebedeira?
Estas questões, colocadas pela filha, levaram-me a esta reflexão...

Criança é um ser no seu estado mais puro, simples, espontâneo. Ainda que o seu intelecto se encontre em desenvolvimento a inteligência fundamental, essencial está ali, sempre presente… manifestada nas mais variadas formas de agir, pensar, sentir. O seu universo fantástico, mágico é essa inteligência inata, manifesta, que lhe permite sobreviver, percecionar-se e o mundo que a rodeia.
É um enorme contributo nas suas vidas proporcionar-lhes espaço para se expressarem livremente, para se reconhecerem físicas, mentais, emocionais, espirituais.
É um enorme contributo momentos de silêncio e presença que as nutrem de segurança, confiança para se questionarem e questionar, para expor e se expor…
A vida roda e a tendência é a preparação de uma mente que responda às exigências do mundo externo como algo suscetível de trazer a segurança, conforto e felicidade que naturalmente busco. Óbvio que o resultado é caótico e a prova disso é a forma como o próprio mundo se apresenta, fruto apenas e só de valores fundamentais, essenciais esquecidos, camuflados pela ignorância de quem sou. Fruto do cultivo de uma mente com visão limitada e condicionada.  
Criança é uma flor…uma delicada flor… apenas precisa ser regada, nutrida, cuidada com a mesma subtileza que a mãe natureza o faz… requer observação, atenção, presença, escuta activa… requer um coração livre, disponível internamente para acolher, abraçar e conduzir na direcção da sua livre, inteira e plena expressão.
Preciso ousar fazê-lo, em primeiro lugar, com a minha criança interna… naturalmente isso estender-se-á para o mundo externo e as relações serão brincadeiras de crianças, mediadas por uma mente que se encontra lúcida relativamente ao seu papel.
Harih Om.
Sónia A.
  


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