imagem retirada da internet
Mamã porque as árvores se chamam árvores, as flores se
chamam flores, o céu se chama céu?
Mamã o que é sofrer? Ah… é como uma bebedeira?
Estas questões, colocadas pela filha, levaram-me a esta reflexão...
Criança é um ser no seu estado mais puro, simples,
espontâneo. Ainda que o seu intelecto se encontre em desenvolvimento a
inteligência fundamental, essencial está ali, sempre presente… manifestada nas
mais variadas formas de agir, pensar, sentir. O seu universo fantástico, mágico
é essa inteligência inata, manifesta, que lhe permite sobreviver, percecionar-se
e o mundo que a rodeia.
É um enorme contributo nas suas vidas proporcionar-lhes
espaço para se expressarem livremente, para se reconhecerem físicas, mentais,
emocionais, espirituais.
É um enorme contributo momentos de silêncio e presença que
as nutrem de segurança, confiança para se questionarem e questionar, para expor
e se expor…
A vida roda e a tendência é a preparação de uma mente que
responda às exigências do mundo externo como algo suscetível de trazer a
segurança, conforto e felicidade que naturalmente busco. Óbvio que o resultado
é caótico e a prova disso é a forma como o próprio mundo se apresenta, fruto
apenas e só de valores fundamentais, essenciais esquecidos, camuflados pela
ignorância de quem sou. Fruto do cultivo de uma mente com visão limitada e
condicionada.
Criança é uma flor…uma delicada flor… apenas precisa ser
regada, nutrida, cuidada com a mesma subtileza que a mãe natureza o faz… requer
observação, atenção, presença, escuta activa… requer um coração livre,
disponível internamente para acolher, abraçar e conduzir na direcção da sua
livre, inteira e plena expressão.
Preciso ousar fazê-lo, em primeiro lugar, com a minha
criança interna… naturalmente isso estender-se-á para o mundo externo e as
relações serão brincadeiras de crianças, mediadas por uma mente que se encontra
lúcida relativamente ao seu papel.
Harih Om.
Sónia A.
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