imagem retirada da internet
Saberei
que estou montado na auto-imagem que criei de mim mesmo, vida, pessoas, filhos,
papéis e até mesmo espiritualidade, amorosidade, toda a vez que alimento uma
fantasia, julgamento, que de alguma forma me faz sentir especial, superior ou
inferior, detentor de sábios conhecimentos que me colocam numa espécie de
gaiola, para não correr o risco de me misturar, influenciar ou quer que seja…
Na
verdade, quando o faço relativamente ao que se apresenta externamente, estou
primeiramente a cultivá-lo dentro de mim…
Quando
me vejo silenciosamente a pensar “ Poxa, de facto esta gente não tem
consciência nenhuma do que faz!” e alimento essa conversa com piedade,
indignação, revolta ou até amorosidade, apenas estou a fazê-lo comigo mesmo.
Portanto, é importante ficar esperto relativamente ao que nutro...
O
que me rouba a possibilidade de acolher o outro na sua diferença, momento que
vive é apenas e só o resultado de uma espécie de escravidão ao que julgo ser eu
mesmo, ao que busco incessantemente me tornar na tentativa de vislumbrar uma
perfeição, equilíbrio, estado de contentamento, satisfação plena, felicidade…
Óbvio
que morreremos na praia… mesmo que a saúde seja perfeita, a energia auto-regulada,
as experiências prazerosas, enriquecedoras e a vida sob as mais sofisticadas e
maravilhosas "rodas"…
Não
adianta…cedo ou tarde vai manifestar-se insuficiente para me dar o imenso,
pleno que de verdade busco e sou…
Portanto…
melhor mesmo é aprender a colocar cada coisa no lugar que merece… tratá-las com
a relatividade que lhes cabe e debruçar-se, verdadeiramente, numa investigação de
quem sou eu além de todas essas coisas que descaradamente nos contam grandes
mentiras e nos fazem crer no como estamos na linha da frente a pilotar esta nossa
vidinha…
HarihOm
Sónia
A.
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