imagem retirada da internet
Pessoas
não são anjos caídos dos céus escolhidos para iluminar a vida de um outro.
Essas
fantasias, crenças apenas reforçam a separação, distanciando-nos cada vez mais
de um olhar puro, sincero e essencialmente amoroso. Estas e outras afirmações
fantasiosas, apenas alimentam as delícias de um corpo carente por se ver
especial, superior, saciando um senso de inferioridade por ausência de
entendimento da natureza fundamental do ser.
Se
nos apoiarmos na lógica e discernimento, capacidades inerentes à mente humana,
veremos como tais afirmações são equivocadas e sem sentido.
Todos
viemos ao mundo vulneráveis, puros, inocentes, sem qualquer estatuto, rótulo,
classe, totalmente dependentes, carentes e com capacidade inata de confiar,
amar e se doar. Por lógica, nada nos separa, nos torna diferentes, especiais e
portanto seriamos todos “anjos caídos dos céus” que vêm para realizar o
propósito de vida e dentro de uma ordem inteligente que não divide e que se
encontra muito além do que é lógico e ilógico.
De
facto, não cruzamos a vida uns dos outros ao acaso e há uma inteligência
envolvida, no entanto, profundamente, não existe uma espécie de elo mais forte
e elo mais fraco. Não existe o anjo que cumpre a sua missão ou o diabrete que a
repudiou. Isso são meras criações da mente. Profundamente, todos estão a fazer
a sua parte nesta espécie de teia humana. Profundamente não há nomes, palavras,
homem, mulher, bonito, feio, gordo, magro. Profundamente há amor ilimitado,
infinito, para lá do tempo e espaço, que ilumina e dá realidade a toda a força
oposta, dualidade e humanidade.
Talvez
possa estar livre quando olhar cada ser ao meu redor e no mais intimo, sentir e
reconhecer como são sol, céu, anjos, diabretes e rio que corre no caudal para
desaguar no mar…
HarihOm
Sónia
A.
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