imagem retirada da internet
Se
nascemos completamente abertos para pedir, receber e expressar-se
espontaneamente, por onde nos perdemos e como nos perdemos?
Como
nos transformamos em exímios construtores de muralhas, muros que arrefecem o
coração? Contidos nos afectos mais doces que escancaram a nossa vulnerabilidade
e fragilidade, na exacta forma e medida da nossa força interna, integridade,
dignidade.
Inábeis
a comunicar sentimentos, emoções, reprimindo a beleza de os manifestar. Presos
no medo, orgulho, vergonha de pedir, dividir e se expor.
Giramos
ao contrário, incessantemente atrás do próprio rabo, iludidos por imagens que
idealizamos, adiando reconhecer o verdadeiro tesouro que se carrega.
Aprendemos
a silenciar o que não deveria ser silenciado e gritamos aos sete ventos o que é
dispensável. A todo o momento renegamos sensibilidade, embrutecendo o que nasceu
delicado e digno de ser cuidado como uma flor que não tem género, idade ou
classe social. Basta
de criar histórias, de alimentar culpa e culpados, as vitimas e os vitimados,
que nos afastam da autorresponsabilidade e da possibilidade de crescer e
amadurecer.
Que
possamos ter compaixão por cada um de nós que não sabe e soube fazer diferente
mas que se compromete com verdade no desejo de o poder fazer.
De
facto, todos nós necessitamos ver-nos fontes de amor e por essa razão nos
movemos e dinamizamos das mais variadas formas, procurando a relação consigo
mesmo, pessoas, animais, natureza.
Essa
é a essência da vida e todas as forças nos conduzem para esse reconhecimento.
Que
possamos perdoar e nos perdoar e de cabeça erguida, destemido caminhar, viajar,
orar, amar e essa flor perdida no deserto resgatar…
HarihOm
Sónia
A.
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