imagem retirada da internet
A
nossa mente é habitada por inúmeros personagens. O patinho feio, o vitima, o
manipulador, o todo-poderoso, o carente, o sarcástico, o arrogante, o salvador,
o bomzinho, o inteligente, o intelectual, o sonhador, o conquistador e por aí vai
numa infinidade de nomes. O nome na verdade pouco importa e apenas se trata de
uma tentativa de expressar, comunicar. Toda essa panóplia não é mais do que
energia fundamental para me conduzir num reconhecimento e alinhamento com a
realidade de cada um de nós. Perdemos muito tempo temendo abraçar cada forma de
energia, desperdiçando a oportunidade de através dela realizar o que cada um de
facto deseja. Descobrir-se feliz e naturalmente amoroso. Não adianta
simplesmente estampar um sorriso, mirabolar estratégias, manter uma pose e
performance e autoconvencer-se que essas coisinhas feias e ruins não fazem
parte do cenário mental. A todo o momento vou estar apenas e só a criar uma espécie
de fortaleza e uma gigante distância de mim mesmo. Preocupamo-nos demasiado em
conquistar o mundo, pessoas, ideias, sonhos e fantasias, ignorando que a beleza
de tudo isso é fazê-lo em consciência, presença, entrega e num movimento
compassivo, gentil, honesto, verdadeiro e amoroso.
É a ignorância,
o instinto de sobrevivência que nos leva por tais caminhos. Desde cedo
aprendemos o que é certo, errado, bonito, feio, aceite, não aceite, admirado,
não admirado, montando uma autoimagem, conceitos, preconceitos relativamente ao
mundo, às pessoas e suas relações, dinâmicas. Desde cedo condicionamos,
bloqueamos esse fluxo energético criativo, que revela dons, talentos e nos
alinha com o propósito de vida.
Reconhecer
que não somos esse fluxo energético, que não somos pensamentos, nem emoções
traz-nos um espaço para poder respirar cada um profundamente, um espaço para
parar, escutar, um espaço que nos oferece a liberdade de escolher, decidir.
Tenho livre arbítrio para alimentar cada um deles nas suas exigências, desejos,
vontades que saciem seus pequenos interesses pessoais ou oferecer-lhes a mão
para os conduzir num crescimento, maturidade com todo o amor, dedicação e
atenção. Sou livre para decidir ser um fantoche ou não, sou livre para escolher
ser feliz ou não, para ser escravo ou não, para me apresentar incessantemente
mascarado ou não. Felicidade, liberdade são condição humana. Não se conquista,
reconhece-se e como tal preciso trilhar o caminho com sabedoria, humildade, honestidade,
coragem, força interna e muita compaixão.
A
mente não é imperfeita, tampouco as nossas emoções, a nossa história, imagem,
movimento, fluxo… tudo compõe o campo perfeito para vislumbrar o que preciso e
não necessariamente o que gosto.
Keep
going…
HarihOm
S.
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