imagem retirada da internet
A inveja, a cobiça, o ciúme não é mais do que uma
identificação com um conjunto de crenças que parecem aliviar a nossa carência e
necessidade por nos reconhecermos fontes de amor.
Esses sentimentos, emoções
são a expressão da ignorância que a mente carrega e que a conduz num conjunto
de acções e reações que estimulam o jogo de opostos, o conflito interno e a
sensação de insuficiência.
A tendência é querer conquistar, acumular outras
coisas, situações, circunstâncias, pessoas, para que possa sobreviver e de
algum modo defender-se e proteger-se do choque de dor de se ver e sentir para
lá de tudo isso.
É um processo complexo, visceral, cujo ego é convidado a uma
entrega, a um amparo, amor, compreensão, doçura que tem em si associado o
vislumbre das dores, traumas, fantasias, ilusões, vícios no qual se estruturou,
ganhando a voz e o papel principal.
Profundamente, todas essas emoções são meras crianças feridas
que cresceram a olhar o mundo de um jeito muito próprio, único e que o interpretaram
à luz do que viram e escutaram ao seu redor. Formaram um conjunto de valores,
gostos, aversões que alimentou conceitos e preconceitos de família, amigos, amor, vida, certo,
errado, bonito, feio, bom, mau.
Nós, fontes de amor, somos a sua expressão limitada e
condicionada. Por essa razão podemos sentir no peito dor, porque ela não é mais
do que amor a vibrar.
Sónia Andrade
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