imagem retirada da internet
São fortes as emoções
quando nos deparamos com determinadas realidades de vida. Seja uma criança que
em tenra idade já vivência grandes provações, seja a fome, a pobreza, sejam guerras, violência e mau trato a qualquer ser. Não somos indiferentes à dor, ao
tormento alheio, comove-mo-nos, solidariza-mo-nos e partilhamos. Esse movimento
interno é fruto do melhor que habita em nós, da essência ignorada e temida
chamada Amor. Mas hoje a minha reflexão é sobre a atitude perante tal. Como é o
meu diálogo interno quando confrontada com essas realidades? Quais as minhas
emoções, tendências? É muito comum pensar, dizer “ caramba os meus problemas
são nada à beira de tais flagelos, situações e circunstâncias”. Uma espécie de
agonia invade o coração, um sentimento de culpa por valorizar ninharias e um
conjunto de tentativas para poder se sentir melhor. Muitas vezes depara-mo-nos com
frases “Vamos é comer e beber que a vida é curta e não vale nada”, “Vamos é
curtir que isto passa rápido”, “Vamos beber para esquecer”.
Um movimento de
revolta. Uma autodestruição e comiseração disfarçadas.
Na verdade uma
tentativa frustrada de resolver os “pequenos” problemas que nas suas vidas têm
a dimensão de qualquer outro. Não adianta dizer que os problemas não são nada
quando comparados a tais situações tão delicadas, dolorosas. Eles não vão
deixar de existir. Então, talvez tenhamos de nos olhar profundamente, abraçar cada
um dos nossos “fantasmas”, tratá-los com o mesmo afinco, determinação, seriedade
e louvar esta vida, não porque é mais ou menos dramática do que a de outrem, mas
porque é uma dádiva, uma oportunidade de nos descobrirmos seres divinos, talentosos,
amorosos, compassivos, de uma imensa e incalculável beleza.
Om
Sónia.
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