Imagem retirada da internet
A
palavra amor, que tantas vezes usamos para manifestar um sentimento ou emoção, tem em si uma dimensão tão profunda, real e verdadeira que deve ser reconhecida
e experienciada com sensibilidade e sensitividade. Compreendida no equilíbrio
de um intelecto racional, discriminativo, lógico e de um coração que sabe e
sente conter uma fonte inesgotável de vida, luz, alegria, contentamento.
Não
adianta ser apenas amoroso em gestos e palavras. Ainda que elas sejam uma
manifestação desse amor essencial é importante que eu descubra o que lhes dá
forma, sob pena de me ver inebriado em fantasias, emaranhado em constantes frustrações,
desilusões e expectativas.
O
amor que me faz sorrir, pular de alegria, sonhar, desejar é o mesmo que me faz
chorar, deprimir, odiar… é essência de todas as coisas, dando-lhes vida e
realidade. Ódio só existe porque o amor É e se manifesta na forma de uma
frustração, mágoa, dor, fruto das diversas identificações com aquilo que
aprendi a crer ao longo da vida, fruto de uma ignorância básica, fundamental. E
é precisamente esta incompreensão que nos separa e nos faz crer mais ou menos
dignos de amor…
Amor
não se compra ou vende, não se cria ou recria…
Amor
não se busca, descobre-se…
Encontra-se
no silêncio, em silêncio…
Em
ti, em mim, por ti, por mim…
Com
a mesma beleza de um pássaro livre a cantar…
Uma
flor cheirosa e delicada a brotar…
Ou o
Sol a raiar…
Amor
que é pleno, inteiro…
Que
nada querendo ou pedindo te permite pedir e querer…
É a
arte e o artista…
A
melodia, o compositor e o fadista…
Amor
perfeito a dar realidade ao imperfeito…
Ao
defeito de um contrafeito…
Om
Sónia
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