quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Reflexão #24 - Enquanto esse olhar não desperta se dispersa...

                                                                    Imagem retirada da internet


Aflitos, escravos de uma culpa silenciosa, de um amor frustrado, castrado, incompreendido, disfarçada, disfarçado em lutas incessantes, desejamos que o mundo mude, que pessoas mudem, que deuses nos ouçam e amparem… 
Assistindo ao fracasso constante, ao quão volátil tais desejos e como acabo por me debater, uma e outra vez, com velhos padrões aparentemente de “cara” nova, julgo a vida, condeno-a ao “calvário” e faço das minhas acções o inimigo que a conduz ao sacrifício. 
Cegos e sedentos, agarramos, sugamos, detemos, retemos, possuímos, infinitamente… 
Resistimos à doçura, à gentileza, à simplicidade, à pureza, à nossa capacidade de entregar, aceitar, agradecer...
À nossa capacidade de acolher as diferenças dos outros...
De questionar sentimentos, pensamentos...
De criticar, analisar inteligentemente actos, desejos, conflitos, perturbações…
Tememos...
Tememos porque nos tememos…
Tememos porque nos desresponsabilizamos…
Tememos porque ignoramos que a mudança no mundo começa num olhar profundo sobre nós…
E enquanto esse olhar não desperta se dispersa…   

Om
Sónia.


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