domingo, 19 de fevereiro de 2017

Reflexão # 84 - Sair do Ninho Para Aprender a Voar...

imagem retirada da internet 

O mundo externo vai emprestar os cenários que mais precisamos para sair de um ciclo vicioso de dependência ou para permanecer nele, alimentando-o incessantemente. É muito ténue a linha entre uma coisa e outra o que requer entendimento dos mecanismos da mente e um olhar profundo sobre si mesmo. O mundo externo sempre vai aliciar, estimular as tendências, padrões, vícios que carregamos e portanto, com toda a lógica, não responderá aos anseios mais profundos do ser humano por libertação e reconhecimento de paz, felicidade, satisfação. Tudo é temporário, impermanente e a casa, essa, encontra-se nos recônditos do coração, numa morada autoevidente que a mente pode efetivamente reconhecer no silêncio e em silêncio. As palavras mera expressão limitada, condicionada que apenas apontam e conduzem um olhar.
Somos como crianças que jogam e brincam entre si, estimulando o natural desejo de querer reconhecimento, admiração, sucesso, amor. Como se estivéssemos numa roda onde um e outro vai tocando o que mais se quer ver, escutar, saborear. Numa roda de interesses mútuos e oportunidades desejáveis. É tão atraente e sedutor que procurarei com maior facilidade carregar o botão que aparentemente convém, do que aquele que efectivamente necessito, preciso. É mais confortável ser afagado e soprar a ferida do que olhá-la e fazer por curá-la.
Tem uma hora que a mente precisa ser como aquela mãe no ninho que empurra o passarinho para voar…
Ele vai querer ser alimentado de várias formas e feitios no ninho construído para sobreviver, desejando outras mães ao seu redor, mas um dia a mãe vai contar-lhe que é importante sair dele e voar para crescer e aprender a viver… vai contar-lhe que é para isso que servem as suas asas…para dar-se oportunidade de conhecer o céu, as árvores, a tempestade, a bonança…
E essa, talvez seja a maior e mais bela declaração de amor…

HarihOm
Sónia A. 

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