sábado, 20 de julho de 2013

O Valor Da Imagem...

                                Fotografia de Catarina Alarcão

Todos nós, a cada novo dia, projectamos uma imagem baseada em crenças, valores, ideais, gostos, necessidades…faz parte da nossa existência… todas as diferentes formas (de andar, vestir, falar, agir, etc.) atribuem ao individuo determinadas características que o qualificam e individualizam. Até aqui tudo certo! Problema mesmo é tornar-se refém da imagem e deixá-la gritar tão alto a pontos de abafar o mais sonoro ruido de uma tal voz interior… Problema mesmo é dar-lhe o valor errado, equivocado… E falando na primeira pessoa, nada pode condicionar tanto como a ideia que concebemos de nós mesmos e dos demais… permanecer vivendo prisioneira do que é certo, errado, bonito, feio, inteligente, burro, à luz do que nos habituaram a ouvir como o correto, à luz de necessidade de pertença, aceitação, em detrimento de qualquer intuir, é morrer ainda que um coração pulse! 
Trabalhar no soltar de tanta amarra interior é olhar para essa realidade sem medo, “ paninhos quentes”, nem engendrando mil formas de fugir à situação… 
Conhecimento e entendimento é o caminho… E desengane-se aquele que ainda acha ser perda de tempo ou algo supérfluo à sua existência! Entender esta verdade é solucionar tantos e comuns problemas de relacionamento, desespero, confusão, depressão, tristeza, sofrimento, inquietude. Entender esta verdade é dar-se a oportunidade de uma vida plena. Entender esta verdade é um “serviço” para o mundo! 
Quem já parou para pensar como somos exímios a achar “coisas e loisas” do individuo A, B, C? E como isso influência o nosso comportamento, a nossa acção, a nossa atitude? Como à luz dos meus olhos fulano é louco e à luz de outrem, um artista? 
Quem já parou para pensar como desejamos à luz da necessidade de provar e ser aprovado?
Quem já parou para pensar como nos sentimos um lixo ou um máximo quando comparados com sucessos estereotipados?
Quem já parou para pensar nas mágoas e rancores fruto de meras suposições? Meras crenças? Meras imagens criadas? 
Quem já parou para pensar o que está no fundo de tudo isto? 
Quem já parou para pensar que despidos de formas e imagens, somos o mesmo? 
Como um dia escrevi “o mundo e suas pessoas são uma estória com tantas versões quantas as imagens criadas por cada um de nós…por isso não nos ludibriemos com o aparente…”
Então, entendamos o valor da imagem com objectividade, relatividade e não deixemos que nos escravize! 
É certo que a todo o momento, acção, transmitimos uma imagem, a qual será interpretada à luz de conceitos, valores e crenças de cada um! 
Uns poderão achar bonito, outros feio, outros inspirador, outros uma chatice, mas o importante é estar atento e consciente do seu real e verdadeiro valor, não permitindo que ela torne a nossa vida um inferno! 


Namastê

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