terça-feira, 31 de março de 2015

Refexão # 40 - O Sopro do Coração...

imagem retirada da internet

O desejo da mente em se aprimorar, em conhecer é infinito.
Por si mesma e em si mesma viverá presa em infinitas formas que lhe tragam mais um tanto de senso de perfeição, felicidade, realização…
Ainda que obstinada, focada e determinada jamais encontrará em si o que tanto busca…
Sempre carecendo se exaustará… e talvez seja esse o momento mais alto, mais relevante da sua existência…
Quando cria espaço para se questionar… quando cria espaço para se colocar em dúvida… quando cria espaço para sentar e ver a sua teia, quando cria espaço para assistir às variadíssimas cenas cinematográficas, quando cria espaço para entender que a sua busca é infinita porque a essência de todas as coisas é igualmente infinita, não separada…
Nenhum objecto, nenhuma situação, nenhuma circunstância pode trazer plenitude, realização, libertação, felicidade, amor… a natureza dessas palavras é infinita, sempre presente, imutável… coisas e situações estão em permanente movimento, transformação, mutação, sujeitas a uma inteligência bem maior do que a minha mente possa ser capaz…
É em vão querer conquistar o mundo, pessoas, ideias…
É em vão querer todas as coisas em suas mãos…
Efectivamente nada nos pertence…
Corpo, mente, pessoas, situações, circunstâncias, experiências são meros empréstimos que trabalham em prol de um todo…
Tolice ver-se melhor, maior, menor ou pior…
Tolice não apreciar o céu, o sol, o mar, os pássaros a cantar…
Tolice temer, não apreciar a tempestade e a bonança em mim…
Tolice crer e descrer sem saber o que fazer…
O que sou já É…
Perfeito dentro do imperfeito…
Livre dentro do condicionado…
Pleno dentro do limitado…
Infinito dentro do finito…
Compassivo e amoroso dentro do sofrimento...
Tudo dentro do nada…
Nada dentro do tudo…
Infinitas são as possibilidades…
Que se abra corpo e mente…
Mãos e coração…
Doou-me…
À corrente das águas da vida…
À mescla de cores dotadas de arte…
Ao som, ao ritmo desta infinita dança…

Om
Sónia.