quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Assim eu vou, como as águas fluídas de um rio, eu vou...

imagem retirada da internet

Quando sentamos numa plateia para assistir a uma peça de teatro constatamos um conjunto de acções que irão permitir o espectador compreender uma estória, um conto, uma fantasia. Há todo um cenário, vários personagens, música de fundo para dar ênfase às situações mais dramáticas, luzes, maquilhagem, etc. Naquele palco é montado todo um enredo que conduz o espectador a sentir determinadas emoções, a pensar, imaginar, cogitar, viajar, desejar, fantasiar, etc. Quando o enredo é bem montado e interpretado é natural que o espectador fique colado à cadeira, os seus sentidos sejam completamente absorvidos pela estória e a mente a tome como verdadeira, vivendo-a intensamente. No final quando as luzes acendem, o espectador aplaude e consigo leva na memória a moral da estória, as sensações, as emoções, a interpretação fantástica dos personagens e toda a graciosidade envolvida na sua caracterização.
Assim é a vida… uma graciosa, emocionante e fantástica estória, contada à luz de uma verdade que se encontra por detrás de todos os personagens, enredos, cenários… 
Enquanto representamos, actuamos, tomamos como verdade tudo aquilo que conseguimos ver e sentir na e pela estória contada… no entanto alguma vez a estória chegará ao fim… a luz irá se acender e a realidade de cenários, enredos, personagens se desvanecer… restará a luz sempre presente que permite que estórias se contem e cenários se montem…
Autor, personagens e peças de teatro apenas uma bela e inteligente obra da realidade, da verdade sempre presente e irrefutável.
Só o meu vício de viver contos e fantasias, só o meu apego e medo podem tardar o reconhecimento de tal…
Quando aqui, apenas resta fazer do conto, da estória, dos personagens, dos cenários, caracterizações e enredos, um serviço da verdade…
E de palco em palco vou dançando, pegando, largando, sorrindo, chorando, desejando, amando…consciente que nada controlo e profundamente escolho, consciente que neste coração mora a verdade, que é a linha mestra, que é a luz que ilumina teatro, peça, autor, cenário, personagens…
E assim eu vou… como as águas fluídas no leito de um rio, eu vou…  
Harih Om
Sónia.


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