quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Reflexão # 81 - Apego ou desapego não tem conta nem medida...

imagem retirada da internet 

As grandes e transformadoras mudanças não são externas.
Isso apenas monta o cenário preciso para olhar profundamente o que necessitamos deixar ir. O que agarramos subtilmente no nosso peito, na nossa mente, impedindo-nos de Ser com o fluxo vital que cura, purifica, liberta e conduz com sabedoria.
Se prestarmos bastante atenção, as nossas emoções e pensamentos apontam essa realidade e a possibilidade de descobrir uma liberdade…
Se ousar analisar cada sensação, conflito, medo, raiva, com objectividade, honestidade e responsabilidade, caminhando no encontro de necessidades, desejos, abraçando e acolhendo amorosamente o tudo que se manifesta, saberei que pessoas e mundo são mestres do caminho, são a personificação de Deus, inteligência divina.
Não se abre mão de pessoas, objectos, desejos ou fantasias. Elas não têm de facto uma realidade própria. Apenas são produto da minha percepção interna. Ninguém de verdade gosta ou não gosta, quer bem ou não quer, inveja ou não inveja, aprecia ou não aprecia um outro…
O outro apenas espelha gostos, aversões, feridas, traumas, falsas percepções em si mesmo e de si mesmo e a natureza fundamental de todos nós. 
É tão complexo e subtil que parece louco, arrogante e até pretensioso…
Mas não é… e descobri-lo traz a possibilidade de olhar todos e cada um à luz de algo bem maior que nos oferece prazer, gozo, maturidade para escolher e decidir o que é preciso ser vivido.
Que possamos treinar a nossa mente, dando-lhe tempo e espaço. Que possamos ganhar coragem e aventurar-se com o espírito de criança curiosa que quer saber, aprender e crescer.
Que possamos nos questionar bem profundamente sem medo de ter medo…
O que será de mim se de repente deixar de ter tudo o que tenho?
O que representa o carro, a casa, o projecto, a família, o corpo, a imagem, a crença, o desejo, o sonho?
Qual o propósito de vida se ela não me colocasse à disposição todas essas possibilidades?
Como me sentiria não fazendo ou realizando?
E como sinto, sentindo o sentimento de não fazer e realizar?
Esgotando possibilidades infinitas, o que está presente?
A vida é a maior beleza e riqueza ao nosso dispor…
Que cada pé no chão, na terra, que cada inspiração, expiração do ar mais puro e fresco da natureza, traga até nós essa imensidão…
Que por aqui caminhe aberto para descobrir que as formas serão sempre infinitas para poderem responder à busca de todas as buscas por felicidade, amor e liberdade…
Talvez assim possa acordar e porque desperto, capaz de saborear a mais bela história de amor...
HarihOm
Sónia A.



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