domingo, 10 de janeiro de 2016

Reflexão # 53 - A Perfeição da Imperfeição Humana...

imagem retirada da internet

A perfeição das relações, gestos, palavras, acções encontra-se na simplicidade, espontaneidade da aparente imperfeição humana…
Então, que se busque o entendimento da imperfeição humana à luz da perfeição que a sustenta e ampara…
Saberei que a todo o momento vivo, sinto, vejo, aprecio o momento que preciso… que é sagrado, perfeito, fundamental… que me move, posiciona, dinamiza na direcção do reconhecimento de quem sou e o que faço aqui…
Que se aprenda a sentar, respirar profundamente…
Que se aprenda a aquietar e acolher esta condicionada mente…
Que se aprenda a confiar…
Que se aprenda a parar…
Que se aprenda a observar…
Que se aprenda a abraçar…
Que se aprenda a esperar…
Que se aprenda a rezar…
Que se aprenda a amar…
Que se aprenda a apreciar a beleza do caminho…
Com toda a dor, agonia, tristeza, medo e desejo de se ver livre, feliz…
São essas as forças que me empurram…
Deixai-as vir…
Saberei reconhecer a luz verdadeiramente se conheço a escuridão…
Escuridão só é real na ausência da luz…
De nada adianta querer iluminar a escuridão com luzinhas de positivismo mentalizado…
De nada adianta mentalizar eu sou feliz, eu sou amor, eu sou paz, eu sou livre, escamoteando a tristeza profunda que me habita, ou a dor que apenas são o produto, reflexo do amor que eu sou…
Como poderei reconhecer uma coisa querendo a todo o momento fugir, escamotear, eliminar a outra? Não tem sentido lógico…
Preciso reconhecer a natureza fundamental onde me incluo e que se encontra além de corpo, mente, emoções, sentimentos…
Poderei passar os dias da minha vida focado em “melhorar” a minha personalidade, identidade, corpo, emoções, sentimentos, relações, preso à ilusão de que isso será a porta de entrada para a minha libertação, entendimento de quem sou… mas estaremos apenas actuando superficialmente...
Preciso ir mais além… entender que eu não sou a minha personalidade, identidade, corpo, emoções, sentimentos, relações… que isso apenas é uma pequena composição daquilo que sou…
Assim poderei olhar cada um desses objectos observáveis em mim e conduzi-los, guiá-los, nutri-los, abraçá-los, amá-los, livre do equivocado valor que lhes atribuo relativamente à felicidade que sou, aqui e agora.
A acção será dotada de presença, simplicidade, genuinidade, responsabilidade…
Cada dificuldade, obstáculo no caminho, uma pedra preciosa que se esculpe…
Harih Om
Sónia.

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