Outro tema abordado nos nossos encontros de prática e ensinamentos do yoga.
O Guru representa o professor, o mestre do conhecimento, o que tem o "peso" da experiência e Shishya o discípulo, o aluno. Falámos no processo dinâmico desta relação e como o mestre ajuda a despertar o yoga que há em cada sisya. Trata-se de um processo libertador e em direcção á autonomia. A tradição será tornar o sisya em guru. Para isso, e segundo a tradição, o discípulo era testado pelo mestre quanto à sua convicção em iniciar o processo, a jornada. O yoga deve ser buscado pela pessoa. É necessário maturidade. Perceber que os prazeres efémeros não são o caminho da felicidade. É fundamental estar pronto.
Ficámos a conhecer a história do guru de estrume que transmite a importância da existência de um mestre, sábio, guru em todo processo de evolução, dedicação e aprendizagem. Muito resumidamente trata-se de um guru que não só testou a verdadeira e fiel vontade do sisya em aprender, como acabou por lhe negar o ensinamento. O sisya convicto de que ele era o seu guru decide fazer a sua imagem em estrume e dedica-se de corpo e alma com toda a fé a aprender a ser um arqueiro. Ele não só aprende como vence numa disputa depois de ter perdido 2 dedos. Ficou claro que o guru inspira! Não só por ser um especialista em técnicas e posturas mas pelo exemplo de estilo de vida.
O guru deve ser como um baba (pai). O sisya identifica-se e sente total empatia para tornar a relação especial, intima e de troca. O sisya fala sobre os seus problemas, sentimentos e emoções e o guru transmite a sua experiência, o seu conhecimento pela vivência.
Visualizamos o filme do Guru Pattabhi Jois, aluno de Krishnamacharya e algumas práticas guiadas. Como referências citou-se Lino Miele, David Williams ( o primeiro aluno de Pattabhi Jois), Richard Freeman, Tim Miller, Sharath Jois (neto de Pattabhi Jois).
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