imagem retirada da internet
O que a nossa criança interna pede de nós é um olhar sobre
ela sem julgamento ou juízo de valor.
É uma escuta ativa e presente das suas
necessidades. Elas são básicas, fundamentais e de uma profundidade que nos
convidam a um abraço profundo, mesmo que a compreensão não seja clara.
Reconhecimento, valor, amor incondicional, espaço para ter voz, escuta, é um
presente que aprendemos a desembrulhar com ela. Nem sempre a nossa conduta
externa vai parecer coerente com o que é estereotipado, politicamente correto e
muitas das vezes, talvez sujeitos a uma avaliação e julgamento externo de que
frios ou egocêntricos. Se estivermos sintonizados com esse espaço em nós, que
nos pede amor, atenção e reconhecimento, estaremos fortes e firmes para receber
esse movimento com a mesma doçura, compreensão e disponibilidade interna com
que decidimos nos abraçar. E assim vamos poder experienciar uma real alquimia
que se estenderá aos nossos órgãos dos sentidos, à nossa forma de caminhar e
olhar o mundo, ao nosso modo de falar, interagir, relacionar, escolher e
decidir.
A leveza, a alegria, o amor, satisfação que conquistamos é a mesma
daquela criança que sente a sua mão segura pelo pai e mãe que se comprometem a conduzi-la diante dos seus gostos, aversões, medos, sonhos, desejos,
dificuldades.
A vida transforma-se numa tela onde posso pintar e contar
uma história, expressando uma obra de arte...
(Sónia Andrade)