imagem retirada da internet
Amor é sempre um tema
que gostamos de ler, ouvir falar. Ele é inspiração de grandes romances, dramas,
tragédias. É cantado, recitado, dançado, pintado…
Procuramo-lo das mais
diversas formas em relações, situações, circunstâncias… não tem como o
contrário…o amor é a essência da vida…ela é concebida por e para amar.
Quantas vezes ficamos
desesperados e em dor porque perdemos um amor, uma relação, uma estória?
Sentindo que o mundo acabou de desabar na cabeça, perdidos em si mesmos e sem o
mínimo controlo do que sentir, pensar? Revoltados, indignados, magoados,
rejeitados, condenando, julgando, avaliando quem e o quê está certo, errado,
quem e o quê é bom, mau?
Na verdade tudo o que
aparentemente é um caos está numa perfeita ordem, num movimento inteligente que
nos dinamiza e contribui para que um amadurecimento possa ocorrer.
Há uma verdade por
detrás de toda a relação que não permite sustentar uma farsa, uma mentira, uma
ignorância. E por isso somos testemunhas de tanta crueldade, sofrimento,
tristeza, frustração, medo… podemos passar a vida inteira presos a uma crença,
ideia do que é uma relação e o que ela efectivamente representa, condenados a
omitir, esconder, ignorar o que nos faz estar juntos ou afastados uns dos
outros.
De facto a maioria de
nós não está verdadeiramente disponível para livre amar… não está verdadeiramente
disponível para conhecer e acolher o outro…. Apenas projectamos a todo o momento
o que reina dentro de nós…
Vamos pensar um pouco
como isso é tão óbvio… Como eu posso estar disponível para conhecer e acolher o
outro se nem mesmo a mim eu conheço e acolho? Como eu posso ter a pretensão de
afirmar que esta ou aquela pessoa, esta ou aquela situação, esta ou aquela circunstância
resolve a minha inquietação, a minha sede por amor puro, livre, espontâneo,
natural? Como posso eu não sentir resistência? Como posso eu me entregar se
fujo de mim mesma, se me evito, escondo, escamoteio, engano? A todo o momento
eu apenas estou a pedir socorro para que me possa ver, acolher e entregar… e erroneamente
transfiro para o outro essa responsabilidade... como pode? Não pode… é como
andar de montanha russa, é como entrar num complexo labirinto e voltar sempre
ao ponto de partida.
Om
Sónia.
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