imagem retirada da internet
Inevitavelmente
uma ferida para ser curada traz consigo dor… podemos constatar isso logo em
tenra idade quando esmurramos os joelhos e nos colocam água oxigenada para
sarar… Normalmente recorrem à distracção, ao "olha para o lado", "respira fundo", "conta até três", ou “pronto, pronto, já passou”. Tudo bem, uma
estratégia de aliviar aquele doloroso momento. Em todo o caso foi importante
olhar a ferida, colocar água oxigenada para desinfectar e ajudar a cicatrizar.
Os
anos passam, as esmurradas nos joelhos são menores mas começamos a tomar conta
de algo dentro do peito que parece sangrar sem perceber muito bem porquê. Aparentemente
pequenas feridas propositadas… porque me derrubaram, porque me feriram, maltrataram,
ignoraram, desprezaram… outras porque a vida se encarrega de me apresentar o
inferno… outras porque é triste a minha sina… outras porque tudo é pouco…
Deprimo-me,
desespero-me e perco-me no meio de tanta fantasia, sonho, expectativa, devaneio…
hoje quero a lua, amanhã quero o céu. Hoje eufóricamente satisfeito e feliz,
amanhã triste e amargurado. Nem a lua, nem o céu estancou o sangue…
momentaneamente me distraíram, me inibiram de poder olhar uma ferida que
precisa ser sarada, cicatrizada… e isso, isso traz inevitavelmente dor…
Mas…
tememos… fugimos… menosprezamos… desvalorizamos e nos anestesiamos das mais
variadas formas…
A
ferida está lá, sangra e precisa ser curada.
Nada
nem ninguém o pode fazer por nós. Só a coragem, ousadia, força, confiança,
firmeza e determinação que habitam dentro e nos galvanizam…
Dons, talentos, características, qualidades comuns a todos, que apenas precisam ser activadas, descobertas e usadas a favor de uma realização maior e divina.
Dons, talentos, características, qualidades comuns a todos, que apenas precisam ser activadas, descobertas e usadas a favor de uma realização maior e divina.
Om
Sónia.
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