imagem retirada da internet
Um
antigo professor e amigo, publicou um evento cujo título é “Comunicação Feliz”.
Para
além de achar bastante interessante suscitou no meu pensamento a questão, o que
faz uma comunicação feliz? O que me leva a dizer que determinado discurso,
expressão, diálogo é feliz? Poderemos nos perder nas variadíssimas expressões
usadas para designar algo que foi muito ou pouco inteligente, muito ou pouco agradável,
muito ou pouco criativo, à luz de um conjunto de expectativas criadas em torno
de desejos e crenças de cada um. Mas de facto, não serão essas conclusões a
traduzir o que é uma comunicação feliz. Se assim for, frágil e pobre concepção
teremos sobre o acto de comunicar, expressar, informar, transmitir.
A
palavra feliz representa um sentimento associado à alegria, à espontaneidade,
ao sentido de humor, ao positivismo, etc. E o que me permite comunicar desse
jeito? Apenas dominar intelectualmente um assunto? Ou para além de dominar,
sentir um gosto, satisfação e contentamento por fazê-lo? Mas… onde buscar? Ou será
que tenho de buscar alguma coisa?
Antes,
deixem que vos diga o quanto sou tímida e como sempre fui apavorada em expor-me
para um público. Por muito que fosse a vontade de comunicar e explanar sobre o
assunto que dominasse, a imagem criada de mim mesma e a fantasia mental do quanto
e como me poderiam julgar, arruinava qualquer tentativa, agravando mais e mais a
falsa ideia de incapacidade e o sentimento de inferioridade.
Até ao
dia que decidi dar um basta e colocar-me ao nível do desafio… ou seja, parar de
fugir, contornar e conformar com tão triste realidade sobre mim mesma.
Descobri
então que o primeiro passo é esse mesmo: dar um basta.
O
segundo é desconstruir a imagem mental que criei de mim. E isso…isso é
verdadeiramente transformador.
Para
tanto, com coragem e ousadia, questionei de um tudo… até que cheguei à
conclusão que o que me rouba a possibilidade de estabelecer uma comunicação
feliz e uma feliz comunicação é o constante e incessante blábláblá de uma mente
que descaradamente mente. Que me usa e abusa. Que se perde em si mesma e que só
por isso fica aquém de si mesma…
Cheguei
à conclusão que a comunicação feliz é proporcional ao tanto que dou de
expressão ao simples, natural e espontâneo em mim. Ao tanto que me permito ser
sem querer parecer ser. Ao tanto que me dou, entrego e dedico.
Cheguei
à conclusão que comunicar de um jeito feliz combina com um coração aberto, uma
mente liberta de julgamento e disponível para aprender, dar, receber, trocar,
contribuir.
Todos
temos os nossos talentos e por tanto comparar, estereotipar, idealizar,expectar, esquecemos de lhes dar forma, vida, cor!
Comunicações
felizes para todos!
Om
Sónia.
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