imagem retirada da internet
Como
o ser humano pode crescer e libertar-se do arquétipo de vítima, quando se fala
tão levianamente e sem qualquer profundidade, alimentando senso de separação,
competição, reforçando, seduzindo egos, de pessoas com boa e má energia das
quais preciso aproximar-me ou afastar-me? De pessoas tóxicas e não tóxicas, de
pessoas com boa vibração e má vibração e por aí vai? Qual efetivamente o
sentido lógico de tais rótulos e preconceitos?
Se
nos atentarmos, todos nós somos dotados de toxicidade, vibrando na exata forma
e medida do que contenho, retenho, alimento em mim, desejando por vezes estar
só e outras, acompanhado. Haverá momentos que vou sentir que estar junto de uma
e outra pessoa não me faz bem e que desejo estar junto de outras. Mas se em
algum momento eu me considero especial ou inadequado por isso, estou covardemente
a esconder a responsabilidade sobre mim mesmo, sobre as escolhas, as decisões e
propósitos.
É lamentável
como neste mundo da espiritualidade se promove tanto isso sem coerência e a
seriedade que merece. Em momentos de desespero, cegos de dor e ansiosos por
respostas que saciem as aflições da mente, tudo parece servir. Mas até isso, um
caminho para refletir, para se ver, rever e sentir. Posso escolher ser amigo e
não amigo, estar perto ou longe porque sei escutar as minhas necessidades e
posso acolhê-las sem criar os malvados que acordam todos os dias com vontade de
fazer a vida um inferno. O inferno só é espelhado porque existe dentro de si
mesmo. Não é o outro que o monta…
Ingénuo e ignorante, estarei a colocar nas mãos do mundo uma espécie de marioneta que se move e posiciona através de crenças, na base do medo e escassez, desperdiçando tempo e espaço para ir ao encontro da força interna e poder pessoal que em todos habita. Que liberta, que une, que cura, que prospera e ama sem condição.
Se doí? Claro! Como não? Abençoada seja!
Quando
o sentir e entender, estarei livre... livre para amar, livre para dar, livre para receber, livre para crescer, aprender, amadurecer e fortalecer o sábio coração que permanece sorrindo entre lágrimas de contradição...
HarihOm
Sónia A.
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