imagem retirada da internet
O
mundo é um lugar seguro e todas as dinâmicas externas apenas a tradução da realidade
interna que cada um carrega.
Tem
muita dor e ela é tão profunda que podemos senti-la, observá-la no colectivo. Uma
dor ancestral que necessita de delicados e amorosos cuidados vindos de um
entendimento profundo da existência de cura em si mesmo.
Até
quando vamos reagir às provocações do mundo externo com uma mesma moeda de
competição, orgulho, arrogância?
Está
na hora de baixar as armas, permitir-se abrir o coração e realizar um namaskar
diante de todo o ser que cruza o nosso caminho. Está na hora de verbalizar, de
descer do pedestal, de dar a mão e descobrir que o Sol é um só e brilha para
todos e em cada um. O ar que respiramos, a energia vital, inesgotáveis e sempre
presentes.
Que
possamos aprender a falar a mesma língua que nos une, não por desejo de
possuir, conter, mas porque é universal, humana.
Que
possamos falar de medo, de inveja, de raiva, de ciúme, de tristeza com a mesma
franqueza, alegria com que falamos dos nossos dons, talentos, sonhos e desejos.
Que
possamos dar colo, mimo e amor ao pequeno monstrinho que nos habita sem exigir
que se apresente de outro modo, se disfarce ou se faça parecer bomzinho.
Que
possamos olhar nos olhos uns dos outros para contar como se sente ferido,
atacado, humilhado, desprezado, desacolhido, com a responsabilidade e
maturidade sobre si mesmo. Que possamos partilhar como desejaríamos que fosse
diferente e como a cada momento é o melhor que se pode e sabe. Como gostaríamos
de ser crianças amorosas, compassivas, monstrinhas, traquinas, compreendidas
por nós mesmos, libertando mundo e pessoas ao nosso redor de tamanha carga,
fardo, que definitivamente não lhes pertence…
O
peso, a carga, o fardo que fazemos o outro sentir é só o peso, o fardo, a carga
em si mesmo, que de forma cruel propagamos impedindo o outro de encontrar um alívio,
uma liberdade em si mesmo e um genuíno desejo de ir ao encontro da sua criança,
essência, beleza e força interna.
A
vida é um presente que se desembrulha com a espontaneidade, simplicidade,
amorosidade de criança, curiosa
em descobrir, destemida de sentir e completamente aberta, inocente no se doar.
Vale
a pena caminhar…
HarihOm
Sónia
A.
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