imagem retirada da internet
Não
é a vulnerabilidade que nos amedronta mas as memórias inconscientes de ser
ferido…
O
nosso peito ora estufa, ora se encolhe… ambas formas de colocar diante de si um
escudo, uma proteção, defesa para não aceder às dores que na verdade curam…
Muitas
vezes foi preciso cair e esmurrar os joelhos para sentir que se é capaz e assim
curar a dor de se sentir incapaz…
Quando
estremecidos por um ego ferido tendemos a fazer peito, a empinar o nariz, a
esquivar-se da troca de olhares e palavras, ou até mesmo a encolher o peito, a
proclamar uma espécie de vitimização e até mesmo vingança… vestimos os papéis
de heróis e heroínas, de deuses e deusas que alimentem a nossa profunda
frustração de resistir ao que tanto anseia o coração…
Se
nos atentarmos saberemos que existe uma força que puxa os nossos pés na
direcção da terra enquanto o nosso olhar é convidado a ver o peito que se
recolhe dentro de si mesmo para se sentir, curar, abraçar, descobrindo a força
do ventre que ergue, alinha e sustenta a nossa coluna, criando espaço que nos
conduz à livre expressão de falar e pensar. A mente respirar-se-á mais ampla,
tolerante, compassiva, amorosa e relativa. Os gestos, as palavras, as escolhas,
decisões mero reflexo de um corpo destemido do chão que ampara a sua queda e o
devolve à força primordial de se erguer para a travessia que o conduz às
alturas de si mesmo.
HarihOm
Sónia A.
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