Bem sei que estás aí amor…
Sinto a presença dos teus dedos, que na sua invisibilidade tocam o meu ombro…
O amparo na retaguarda que leva o meu medo e convida-me a mergulhar, de olhos vendados, no colo dos teus braços…
O sussurro leve e quente que confidencia a força destes meus passos, acalentando a marcha que segue em frente com a confiança inata da criança que não teme a queda do corpo sobre as suas próprias pernas, enquanto aprende a caminhar e nelas se equilibrar…
Bem sei meu grande amor!
Não conheço as formas do teu rosto…
A cor dos teus olhos…
Ou o cheiro da tua pele…
Mas sinto meu bem, que tocas o mais íntimo e profundo…
Por isso posso sorrir…
Contorcer-me de dor e de prazer…
E num doce respirar, completamente me largar…
(Sónia Andrade)
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